quarta-feira, 25 de maio de 2011

Põe a tua confiança em DEUS e não tenha medo das adversidades.


"Em Deus ponho a minha confiança, e não terei medo"

Salmos 56:11
Quando enfrentamos lutas difíceis e quando as nossas
forças parecem insuficientes para vencê-las,
a melhor direção a tomar é buscar a direção de Deus.
Salmo 118.8-9
O SENHOR jamais perdeu uma luta e
seguros em Suas mãos, nós também
não perderemos nenhuma.

Somos vencedores, mesmo com os
tropeços e quedas do caminho, Rom. 8.37
todas as coisas cooperam para o nosso
bem e edificação espiritual. Rom. 8.28
Seguindo a direção do Senhor,
chegaremos às vitórias almejadas e, por fim,
à vida eterna com o nosso Pai celestial.
A nossa vida é muito mais tranqüila e
vitoriosa quando entregamos nas mãos
do Senhor Jesus todas as nossas principais decisões.
Salmo 37. 3--5


O maestro do silêncio..você o conhece?

Deus é um maestro. Eu o posso ver de longe gesticulando nitidamente, ora com serenidade, ora com avidez e euforia.
Deus é um maestro no palco e poucos o querem ver.
Eis o mundo, eis a plateia, quem pára para ouvir? 
Eis os músicos entretidos em suas próprias partituras. Eis os músicos debruçados sobre as suas próprias claves e chaves musicais. 


Deus é um maestro esquecido por muitos. Primeiro pelos músicos, os que se dizem de Deus, os que se dizem sabedores de toda a teoria musical, toda harmonia. Depois pela plateia.
Poucos são os que se debruçam a seguir as suas batutas, posto que o materialista diz: "Não ouço nada, é apenas um louco balançando alguma varinha."
Mas Ele continua, regendo e regendo, ora tranquilo, ora acalorado, ora pedindo calma, paciência, ora pedindo alma. Ele continua regendo humilde, sem qualquer nota audível aos cientistas. Antes os homens preferiam olhar para o Maestro, mas ao que parece hoje preferem voltar seus olhos para os seus próprios ritmos e andamentos, para suas melodias e cadências. 
Deus é um maestro e é tão difícil entender a sua canção para nós, é tão difícil compreender seus contratempos. Deus rege em silêncio a vida dos seus, e os seus aprendem a sua música, os seus aprendem a ouví-lo. 
Eu sei do deserto, sei do silêncio, sei da imensidão do mundo, eu sei que o fim está por aí, eu sei da morte, eu sei dos sonhos, sei da violência.
Sei do que sinto, e o que eu sinto é medo. O meu medo existe e é tão explícito como uma lágrima, meu medo é tão real e fisiológico..meu medo é tão subjetivo e físico, tão abstrato e maciço... Porque o que existe é a incerteza do amanhã...o que existe é ansiedade do que virá, existe o temor pelo próximo segundo e a sensação iminente do passo sem calço. Mas também eu sei das marcas e pisadas na areias, eu sei da trilha, existe o caminho, existe o plano divino, existe a orquestra, existe a música de Deus e a sua música é perfeita.
Deus rege a minha vida em silêncio e eu quero obedecer cada movimento de suas mãos.
Que eu sei que Deus muda o mundo em apenas um segundo, em apenas um movimento de sua batuta. Deus faz crescer as flores no jardim da alma no instante de uma colcheia. Deus muda o mundo e o mundo se cala para ouvi-lo, Deus constrói e destrói mesmo sem ser percebido. Deus é um maestro e eu quero ser regido. Deus literalmente "mexe os pauzinhos" de madrugada enquanto todos nós estamos em nossas casas dormindo.
"Tia" Jó

terça-feira, 17 de maio de 2011

A vida é feita de escolhas!


Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos.
Prov. 16.09 (NVI)

Desde que nascemos ouvimos falar do Bem e do Mal e de tanto ouvirmos parece ser fácil escolher entre os dois. Bom, eu acho que sim... até certa idade, pois durante um tempo das nossas vidas os nossos pais ou responsáveis sempre estão sinalizando, quando estamos gripados eles falam _ nào tomem gelado, quando tiramos uma nota baixa na escola eles falam _ estude mais, quando estamos correndo muito, eles falam _ cuidado você pode cair e machucar o joelho...enfim, estão de fato nos mostrando o que é certo, e nós acatamos, até que... crescemos e ?!?

... e imaginamos que somos totalmente capazes de discernir entre o Bem e o Mal sem a ajuda de niguém, inclusive de Deus, começamos a fazer escolhas que ao final nos leva ao fundo do poço e ainda assim pensamos que com a nossas próprias forças conseguiremos consertar tudOooo.
A minha pouca experiência, me diz que sempre precisaremos de pessoas nos ajundando com conselhos, palavras que sinalizam a estrada e dentre estas  contamos com o Grande Arquiteto do Universo, nosso Deus, nosso Pai... Aquele que mais se interessa que saibamos escolher entre o certo e o errado.
Dica de Leitura: Livro de Provérbios, Bíblia
               Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam. Prov. 15.22 (NVI)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tá pesado?!

Bendito seja o Senhor, Deus, nosso Salvador, que cada dia suporta as nossas cargas. Salmo 68:19





Hoje eu estive meditando nesse salmo e pensei... 

por que, um Deus poderoso, 

onipotente, que até o mar lhe obedece... 

suporta todas as NOSSAS cargas?

Logo veio a resposta:

Porque ELE é PAI!

E fazendo referência ainda ao Dia das Mães, 

lembrei de quantas vezes a minha mãe 

suportou CARGAS por amor a mim,

quantas noites acordada fazendo crochê

nas minhas pneumonias (e eu tive várias rsrsrs),

recordei da aflição ao me levar para o hospital

pq eu tinha enfiado sementes no nariz rsrsrsrs

e na vida adulta ELA sempre me deu ouvidos 

quando as minhas cargas estavam pesada demais!

Agora pense comigo... 

minha mãe é tão humana quanto eu, 

tão frágil quanto você que agora tá lendo meu blog, 

e ainda assim sempre esteve disposta 

a carregar as minhas cargas.

Diante disso, conclui:
...imagine Deus...

que mandou seu próprio filho para morrer 

a fim de perdoar e suportar as cargas de 

TODA HUMANIDADE!

Não deixe que as suas cargas ou dificuldades 

lhe abatam, nós temos um Pai,

que tá disposto a nos ouvir e

De Braços Bem Abertos 

para nos ajudar!!!



Pense sobre isso hoje!!!
By Patty

sábado, 7 de maio de 2011

Quando Deus Criou as Mães



Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães,
 um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou
 o porquê de tanto zelo com aquela criação. Em que, afinal de contas, 
ela era tão especial? 

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe 
explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, 
pelo que merecia especial cuidado. 

Ela deveria ter um beijo que tivesse
 o dom de curar qualquer coisa, desde leve
s machucados até namoro terminado. 


Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem 
depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas
 panelas para que o almoço não queimasse. 
  
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos
. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles
 momentos em que se perguntasse o que é que as crianças
 estão tramando no quarto fechado.

Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e,
 naturalmente,
 olhos normais para fitar com doçura uma crianç
em apuros e lhe dizer: "eu te compreendo", 
mesmo sem dizer nenhuma palavra. 
  
Uma mulher com capacidade de derramar
 lágrimas de saudade e de dor mas ainda assim insistir para que
 o filho parta em busca do que lhe constitua a 
felicidade ou signifique seu progresso maior. 



Uma mulher de lábios ternos que soubesse
 cantar canções de ninar para os bebês 
e tivesse sempre as palavras certas para o 
filho arrependido pelas tolices feitas.
 
Uma mulher. Uma mãe. 
 
Feliz Dia das Mães

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aonde quer que estejamos, Deus sempre nos envia anjos!!!


Deus de toda força e poder, dá-me hoje a segurança do teu amor e a certeza de que estás comigo. Peço-te ajuda e proteção para o dia de hoje, porque preciso da tua assistência e da tua misericórdia. 
Tira de mim o medo que me invade, tira de mim a dúvida que me perturba. Esclarece o meu espírito com a luz que iluminou o caminho do Teu  filho Jesus Cristo, aqui na terra.

Que eu possa, Senhor, receber toda a tua grandeza em mim. 
Sopra o teu espírito dentro de minha alma, 
para que eu sinta o meu interior fortalecido com tua presença, 
minuto por minuto, hora por hora, dia por dia.

Que eu sinta a tua voz dentro de mim e ao meu redor, e em minhas decisões eu perceba qual é a tua vontade. 
Que eu sinta o teu maravilhoso poder, através da força da oração e, com este poder, a minha pessoa seja atingida pelo milagre que podes realizar ao meu favor, suavizando os meus problemas, acalmando o meu espírito, aumentando a minha fé.

Não me abandones, oh! Senhor Jesus.

Fica comigo para que eu não me desespere e nem te esqueça. 
Levanta o meu espírito quando me encontrares abatido.
Ajuda-me a seguir-te, sem vacilar e nem olhar para trás. 
Entrego-te, neste dia, toda a minha vida e a vida de minha família. Livra-nos de todo o mal que estiver dirigido a nós, ainda que seja por milagre. Sei,  Senhor, que mais me atendes porque me amas e me escutas; amorosamente te agradeço, meu Deus e meu Pai;
 embora esteja com a alma inquieta, te suplico,
dá-me o poder de aceitar, acima de tudo, que se cumpra em mim a tua vontade, e não a minha. Amém!




by Andréa Lynch

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Como é bom ter em Deus nossa ESPERANÇA



1.Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.

2. Por isso não temeremos, embora a terra trema e os montes afundem no coração do mar,

3. embora estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela sua fúria. 

4. Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo.

5.Deus nela está! Não será abalada! Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã.

6. Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete.

7. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura. 

8. Venham! 
Vejam as obras do Senhor, seus feitos estarrecedores na terra.

9. Ele dá fim às guerras até os confins da terra; quebra o arco e despedaça a lança, destrói os escudos com fogo.

10. "Parem de lutar!
 Saibam que eu sou Deus! 
Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra. "

11. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura.
Salmo - 46

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A VERDADEIRA COMUNHÃO ENTRE OS FAMILIARES SÓ É POSSÍVEL QUANDO DEUS ENTRA NA VIDA DE TODOS OS MEMBROS...por isso precisamos orar por nossa família SEMPRE!


Não adianta tentar levar harmonia entre nosso convívio com nossos familiares, se não estivermos envolvidos pelo Espírito Santo e cheios da presença de Deus a ponto de mudarmos nossas vidas e de refletirmos isso nas outras pessoas. Só assim levamos Deus conosco a cada encontro com nossos familiares, levamos a Paz de Deus. Ficamos tão transbordantes do Amor de Deus que não paramos de falar do amor, das verdades que Ele tem nos ensinado através da Palavra de Deus.

Marcar encontros familiares para churrascos cheios de bebedeiras e muitas coisas que não condiz com a Palavra de Deus é como dar um tiro no escuro e arriscar a nossa boa convivência com os nossos parentes. Pois muitos podem não acreditar, mas o diabo usa de muitas oportunidades para trazer contendas entre as famílias, pois o foco principal dele é esse, porque assim ele destrói  várias vidas de uma vez só e desestrutura completamente a vida do ser humano. Se você acha que ao encontrar-se com seus parentes a melhor forma de curtí-los é através das "curtições cheias de conversas pesadas, fofoca da cunhada, da sogra do irmão e bebedeira", ai que você se engana! Esse prazer e alegria duram só por um momento, só conseguimos prazer, alegria e felicidade plena através do verdadeiro amor que vem de Deus.  Aproveitamos muito mais nossos parentes e amigos quando estamos ali naquele momento somente para curtir aquelas pessoas, para amá-las, para ouví-las e para falar palavras de edificação, e isso só conseguimos quando Deus realmente faz parte da nossa vida! Quando estamos embriagados temos reações diversas e a maioria delas são depressivas ou agressivas. Ai eu  pergunto…Há alguma possibilidade de haver harmonia nisso? Isso  escraviza! 
Somente o Senhor pode nos trazer harmonia, amor, comunhão, respeito entre nosso convívio familiar! Somente Ele edifica a nossa casa. Sem Ele, as tentativas são inúteis!
Então precisamos acordar! Vejo muitos dos meus parentes promoverem esse tipo de encontros familiares. Encontros onde eles estão praticamente dizendo: “Só estamos aqui pela cerveja!” 

Não, pessoal! Não é assim que deve ser! Devemos promover esses encontros para proclamarmos aos nossos parentes: “Eu amo vocês! Vocês são muito importantes para mim!” Só o Senhor Jesus sabe o quanto amo meus familiares! Não porque Ele mandou que eu os amasse, mas porque Ele já me fez assim, amando a todos eles.
Gostaria e peço a Deus todos os dias que Ele entre na vida de cada um e mude a história deles para que assim eu possa dizer não só entre eu, meu marido e meus filhos, mas entre toda a minha parentela: “Eu e minha família servimos ao Senhor, somos felizes Nele e com Ele. Jesus edificou nosso lar e mudou toda nossa história! Então vivemos mais harmoniosos… Nossa convivência é muito saudável e feliz! Somos verdadeiros uns com os outros e nos amamos intensamente porque Cristo vive em nós!
Creio que o meu Deus é Fiel e realizará esse desejo do meu coração!
Que Ele possa mudar toda sua história e a da sua família também! Para a glória Dele! No Nome de Jesus!
Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. (Salmos 127:1)

Ps.: Mensagem recebida por e-mail.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Como a falta de limites aos filhos podem transformar esses pimpolhos em tiranos




A cena se repete todos os dias e em todos os lugares onde é possível estabelecer e expandir seu reinado. Bastam apenas alguns berros, algumas estripulias e a guerra está ganha. Os pais pedem, imploram e até ameaçam, mas nada ou ninguém parece detê-los. Sequer sentem-se intimidados. Quando já estão cansados e esgotados, sem forças para resistir, os pais rendem-se à tirania dos desejos dos filhos. “Tudo bem! O que vocês querem? Peçam o que quiserem. Mas só dessa vez, hein!”. A essa altura, a “guerra”, mais uma vez, foi ganha.
A comparação pode parecer um exagero, mas é exatamente assim que acontece. Todos nós já presenciamos aquela corriqueira e conhecida cena que acontece num supermercado, num shopping, numa loja de brinquedos e quem sabe até mesmo na igreja, quando o menino ou a menina deseja algo que os pais não podem ou não querem dar-lhes. A batalha então é deflagrada. A partir desse momento, eles, os filhos, lutam com todas as “armas” que têm e querem: gritam, choram, esperneiam e chegam ao extremo da agressão. Tudo para manter os pais, ou quem estiver com eles, sob o mais absoluto controle. A fim de evitar o constrangimento – ou mesmo porque não sabem o que fazer na hora – os pais ou os responsáveis logo se rendem aos caprichos e manhas dos filhos. A essa altura, o controle e autoridade já viraram lenda, e eles - os filhos - continuam no poder.
Filhos agressivos, rebeldes, insubmissos, teimosos. Por que isso acontece? Há diversos fatores que podem estar em jogo. Contudo, há um que parece, em muitos casos, justificar esse comportamento hostil, desafiador e agressivo: a falta de limites equilibrados que os pais deixam de impor aos filhos. O que fazer? Como reverter tal situação? O que pensam os profissionais da área sobre o assunto? A presente reportagem não tem a pretensão de esgotar o assunto, até mesmo porque é vasto e polêmico. A intenção é a de trazer à reflexão algo que tem preocupado não só os pais, mas os educadores e especialistas sobre o assunto: a falta de limites na educação das crianças. Numa época em que a delinqüência infanto-juvenil é cada vez maior e os valores são cada vez mais relativos, impor limites é algo necessário e urgente. Antes que os pequenos pimpolhos se transformem em pequenos tiranos, e se perpetuem no poder.

Os filhos ontem e hoje
Não é preciso ser um especialista ou um entendido no assunto para afirmar, com toda a certeza, que a relação entre pais e filhos hoje não é mais a mesma como antigamente, e que ela mudou bastante ao longo dos séculos. E não é só isso que mudou. O consenso é geral e não há como negar: o mundo já não é mais o mesmo. Alvin Toffler, autor dos best-sellers O Choque do Futuro e Terceira Onda, afirmou em uma de suas obras: “Tão profundamente revolucionária é esta nova civilização, que desafia todas as nossas velhas pressuposições”. Toffler parece ter acertado em cheio. Valores e conceitos que até então eram considerados sólidos e intransponíveis, hoje são relativos e sujeitos a visão de mundo e dos fatos de cada um. É nesse contexto que as crianças estão crescendo. Para que se possa ter uma idéia de como as coisas mudaram e por que muitas vezes são eles – os filhos – e não os pais que dominam a situação, é necessário retroceder no tempo.


Do matriarcado ao filiarcado
Segundo Luiz Carlos Osório, em seu livro A Família Hoje, no princípio as famílias se organizavam de forma matriarcal, pelo fato de pouco se saber sobre o papel do pai na reprodução. Cabia às mães o dever de cuidar dos filhos e prover-lhes um crescimento saudável. Os homens, não sabendo ainda como cuidar da terra, tinham de ir à procura de alimento enquanto elas cuidavam da casa e das crianças. Mais tarde, segundo Luis Carlos, com o advento da agricultura e, conseqüentemente, o surgimento da vida sedentária, surgiu o patriarcado: o homem passou a ser o chefe da família, o patriarca.
Hoje, segundo Haime e Feiga, autores do livro Assuntos de Família, o que se vê é a era do filiarcado. Ou seja, são os filhos quem mandam e ditam as regras. As mulheres foram inseridas no mercado de trabalho e o cuidado dos filhos foi delegado a terceiros: avós, familiares, babás etc. Muitas crianças também passaram a ficar em creches, escolas, pré-escolas, clube etc., e os vínculos de relacionamento entre pais e filhos foram rompidos. Querendo receber atenção e carinho, eles então começam a fazer uma série de exigências. Sentindo-se culpados por não lhes dedicar tempo, os pais se rendem aos seus caprichos, numa espécie de compensação. Nesse contexto, é quase impossível dizer “não”.


A falta de limites
Segundo aponta os profissionais da área, o principal motivo porque muitos pais não impõem limites a fim de conter as crianças é a culpa. Porque passam a maior parte do dia fora de casa, acreditam que dizer “não” aos filhos pode ser prejudicial e injusto. Em reportagem à revista Nova Escola, a escritora Tania Zagury afirmou: “Os pais de hoje trabalham mais e passam menos tempo com os filhos. Quando chegam do trabalho, ambos estão cheios de culpa pela ausência. Para minimizar este sentimento, tornam-se permissivos, deixando de estabelecer limites e de ensinar o que é certo e errado”. Tânia Zagury é mestre em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do mesmo estado, além de professora e conferencista na área, com palestras e cursos proferidos e ministrados em todo o Brasil. Ela é também autora de vários títulos, entre eles Sem Padecer no Paraíso, em defesa dos pais ou sobre a tirania dos filhos(Record, RJ, 15ª edição), Educar Sem Culpa, a gênese da ética(Record, RJ, 16ª edição), e Limites sem Trauma(Record, RJ, 28ª edição).
Outra autoridade no assunto é Ivana Brandão, psicóloga e psicopedagoga, que há mais anos lida com a questão. Ela comenta: “Uma das grandes dificuldades dos pais em impor limites aos filhos é a falta de tempo. Porque não têm dedicado tempo aos filhos, acreditam que, se imporem limites à criança, ela será prejudicada e se sentirá rejeitada e não amada. Daí, dão-lhe de tudo numa vã tentativa de suprir essa lacuna. É uma espécie de compensação”. Ivana Brandão é formada em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas(Fumec) e pós-graduada em Psicopedagogia, com especialização em Educação Pedagógica, que há anos trabalha na área. 

Limites de mais ou de menos
Além da culpa, o medo e a insegurança também parecem ser fatores que pesam aos pais ao impor limites. Muitos foram tão reprimidos e lhes impuseram limites tão severos, que cresceram com a idéia de que se disserem “não” aos filhos ou impor-lhes qualquer outro limite, isso vai prejudicá-los. “Crianças criadas num ambiente onde tudo pode, onde tudo é permitido, não aprendem a conviver com os outros. Elas se tornam inseguras e desorientadas”, diz Susie Meire Valadão Cintra, psicóloga e psicopedagoga, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Susie Meire é esposa do pastor Kaiser Vasconcelos, pastor-líder do ministério da Rede de Adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha, e com ele trabalha no ministério. Ela ainda vai mais longe: “Essas crianças, quando atingirem a fase adulta, procurarão por alguém que lhes imponha limites e exerça autoridade”.
O oposto também pode acontecer. Porque foram tão oprimidos e receberam uma educação tão severa, os pais tendem a repetir modelos, porque não sabem fazer outra coisa, ainda que involuntária e inconscientemente. “Só podemos dar aquilo que recebemos”, diz Suzie Meire. Segundo ela, uma criança criada num ambiente assim, ou em qualquer outro lugar, dificilmente fará o que tem que ser feito com amor. Ela o fará por obrigação: ‘Tenho de fazer, senão...’” 

Conflito de limites
Outro problema que parece surgir nos lares é a dúvida quanto ao que é melhor para os filhos, o que pode e o que não pode. Ora os pais proíbem, ora liberam. Ou, ainda, o pai deixa e a mãe não, e vice-versa. Por quê? Ao que tudo indica, o primeiro motivo é o conflito de autoridade. Em muitos lares onde os pais não se entendem, impor limites é quase impossível, e a criança é a mais prejudicada. Cada um dá ao filho o que acredita ser melhor. Com isso, a criança tende a desenvolver dois tipos de comportamento: ou elas aprenderão que obedecer é algo relativo, ou então aprenderão, desde cedo, a manipular um dos pais para obter o que deseja. Ivana Brandão afirma: “Apregoou-se que não se deve dizer ‘não’ aos filhos, que eles devem ser livres nas suas atitudes, escolhas e decisões. Surge o grande conflito: como educar os filhos? Com ou sem limites? Como prepará-los para a vida?”
Um segundo motivo em relação à imposição indefinida de limites é a confusão e a falta de orientação. Segundo os psicólogos clínicos, doutores Henry Cloud e John Townsend, “o conflito em relação aos limites acontece devido à confusão a respeito da criação dos filhos ou mesmo por problemas pessoais, aonde os pais mesclam limites rígidos e relaxados, acabando por enviar mensagens conflitantes aos filhos.” Conforme ainda Cloud e Townsend, famílias de alcoólatras costumam exibir esse tipo de comportamento. Os doutores Henry Cloud e John Towsend são autores da série de livros Limites, onde abordam o assunto não só em relação ao casamento, como também na relação entre pais e filhos. Entre suas obras, destacam-se Limites Para Ensinar aos Filhos e Criando Filhos Vencedores(Editora Vida). Esse último trata do desenvolvimento do caráter nos filhos e como fazê-lo.
Quando fazer tudo não basta
Cada vez mais, pais têm procurado ajuda de profissionais, conselheiros ou quem possa socorrê-los para tratar de um comportamento que tem sido cada vez mais comum em crianças na mais tenra idade: a rebeldia, que muitas vezes se traduz em agressividade. Sem nenhuma causa aparente e sendo criados sob limites equilibrados, os filhos apresentam um comportamento, no mínimo, questionável, com gritos, socos, murros, palavrões e atitudes ferinas, sarcásticas e desafiadoras.
Os motivos que justificam esse comportamento podem ser muitos, assim como a maneira em que a questão é tratada. Há aqueles que, num gesto de passividade ou por não saberem como agir, acreditam que tudo é normal, que é uma fase, e que logo passará. Há outros que, por medo, desconhecimento ou temendo perder a autoridade, acabam agindo com brutalidade e violência. O difícil é manter o equilíbrio nessas horas. Charles R. Swindoll, no seu livro Você e Seu Filho, orientação bíblica para pais que desejam criar filhos confiantes da infância à independência(United Press, SP, p. 98), tratando do assunto, afirma: “Deve haver bem-querer. Deve haver instrução. Deve haver um espírito de sensatez na administração da disciplina. É o que poderíamos chamar de disciplinar com dignidade
Muitos, porém, podem questionar: “E quando fazemos todo o possível e nada parece acontecer, nada parece mudar? Pelo contrário, só piorar?” Segundo Neil T. Anderson e Steve Russo, no livro A Sedução dos Nossos Filhos(Ed. Betânia, BH/MG), há fatores espirituais envolvidos. Para eles, ingredientes como desenhos, filmes, livros, videogames e até currículos escolares, carregados de mensagens muito bem elaboradas, podem estar influenciando o coração e a mente das crianças. Esses ingredientes apresentam mensagens tendenciosas que levam as crianças a agir agressiva e violentamente. “Precisamos estar cientes da natureza espiritual do mundo em que vivemos. Nossos filhos estão crescendo num mundo sedutor. Muitas das coisas que nos cercam são sutilmente influenciados pela Nova Era, pelo ocultismo e pelo satanismo. Precisamos definir estratégias para proteger nossos filhos de ataques espirituais e ajudá-los a resolver seus próprios conflitos espirituais”, afirmam.

Recuperando o reino perdido
O que fazer para recuperar a posição de autoridade? Como realmente impor limites equilibrados a fim de que a criança entenda quem realmente manda em casa? “A prevenção sempre foi o melhor remédio”, diz Susie Meire. “O ideal é que, desde cedo, se invista nos filhos, estabelecendo a eles limites, para que mais tarde, sejam maduros. Quanto mais cedo os pais investirem nos seus filhos, estabelecendo-lhes limites claros e equilibrados, mais cedo aprenderão até onde podem ir. Aprenderão a respeitar a si mesmos e aos outros. Tornar-se-ão adultos maduros, que saberão tomar suas decisões de maneira sábia e também administrarão seus problemas”. Ela diz ainda que muitos pais só percebem o problema quando os filhos já são adolescentes. “O primeiro passo”, sugere ela, “é a mudança de atitude”.
O passo seguinte, segundo ela, é a demonstração de amor. “O momento agora não é o do chicote, mas o do conselho”, explica Susie. Uma vez que muitos desses adolescentes foram criados sem limites ou com limites em demasia, eles se sentiram abandonados e menosprezados, como se ninguém ligasse para eles, pois tudo o que faziam não tinha a menor importância para os pais. Ela aconselha: “É o momento de os pais mostrarem a eles as conseqüências de suas escolhas”.
O último passo apontado por Susie Meire é a procura por parte dos pais por ajuda de fora, particularmente de um profissional. “O adolescente, nesta fase, valoriza mais as palavras de um amigo do que a dos pais”, diz ela. E explica: “Na fase da adolescência, a tendência de ele se juntar ao grupo é muito grande, pois está à procura de sua identidade e de sua auto-afirmação. Ele quer saber o que o mundo e os outros pensam a seu respeito, e não os pais. A ajuda pode vir de profissionais ou de amigos de sua confiança, que lhe possam oferecer sábios e úteis conselhos”.

Juntos, mas cada um no seu lugar
Um dos mais graves problemas em relação aos limites parece surgir quando os pais deixam de assumir o seu papel e transferem a responsabilidade da educação dos seus filhos para terceiros, omitindo-se. A criança encara esse comportamento como abandono e falta de interesse. E quando a responsabilidade é jogada para outros, é difícil acompanhar todo processo. “Cada um, tanto o pai quanto a mãe, tem o dever de, juntos, ensinar ao seu filho o melhor caminho a ser seguido”, comenta Susie Meire Valadão.
Ivana Brandão acredita que o diálogo é o melhor caminho. “É muito importante que os pais, ao tomarem qualquer decisão, sempre que possível, devem fazê-lo em conjunto, com o filho presente, principalmente naquilo que lhe diz respeito”. Ivana ainda traz uma informação reveladora, que parece traduzir bem a realidade dos pais hoje em educar os seus filhos da melhor maneira. Segundo ela, muitos que a procuram, angustiados, desabafam: “Não sabemos se são os nossos filhos ou se somos nós que precisamos de ajuda”. Susie Meire também é enfática: “Quando se trata de limites, a questão principal é: o que eu quero ensinar para o meu filho?”

Com a palavra, os especialistas
LIMITES: O QUE PENSAM OS PROFISSIONAIS SOBRE O ASSUNTO?

"Quando se trata de limites, a questão principal é: o que eu quero ensinar para o meu filho?”
Susie Meire Valadão Cintra
Psicóloga e psicopedagoga

“Apregoou-se que não se deve dizer ‘não’ aos filhos, que eles devem ser livres nas suas atitudes, escolhas e decisões. Surge o grande conflito: como educar os filhos? Com ou sem limites? Como prepará-los para a vida?”
Ivana Brandão
Psicóloga e psicopedagoga

“Se a nossa foi uma geração neurótica pela repressão que sofremos, a de nossos filhos é uma geração de delinqüentes, pela ausência de limites com que foi criada”.

“Numa reação à repressão sofrida ou por mero comodismo, o fato é que muitos pais de nossos dias perderam o controle de seus filhos pela omissão e falta de critérios na indispensável colocação de limites às vontades e reivindicações de seus filhos”.
Luiz Carlos Osório - Médico, psicanalista, grupoterapeuta
e especialista em adolescência e família
“Os pais parecem ter desaprendido, por exemplo, como dizer um simples ‘não’ de forma convincente, quando precisam negar alguma coisa aos filhos. Na maior parte das vezes, esse ‘não’ soa como um ‘sim’”.
Tânia Zagury - Mestra em Educação e professora adjunta
da Faculdade de Educação da UFRJ
Graduada em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

“Embora todos os sentimentos e desejos sejam aceitáveis, nem todos os comportamentos o são”
Haim Ginott - Psicólogo e escritor
Citado por John Gottman e Joan De Claire
em “Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos”.



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